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domingo, 6 de maio de 2012

Mídias na Educação - MLLC

Atividades do Encontro Presencial (04-05/05/2012)
1. Comentários e discussão sobre o Aluno Virtual.
2. Aplicação da Técnica de Leitura Analítica, de Severino, ao texto Telenovela e realismo, de Maria Rita Kahl.
3. Comentário crítico sobre pontos importantes do artigo: Revolução cibernética na comunicação e ilusão democrática, de Delfim Soares, colocando-os em relação com os outros materiais postados nas duas unidades.

10 comentários:

  1. Aplicação da TLA
    ANÁLISE TEXTUAL – PREPARAÇÃO
    (Focaliza a estrutura redacional do texto)

    ESQUEMA DO TEXTO

     Noção de realidade nos autores dos romances do XIX (Balzac, Dickens, Flaubert, Tolstoi)
     Palavras e pensamentos X imagens
     Telenovela brasileira X folhetins impressos
     Realismo na televisão brasileira:
     exploração das mazelas sociais – ex. de programas de auditório (Ratinho, Sílvio Santos)
     resignação perante os fatos – ex. de novela (Laços de Família)

    RESUMO DESCRITIVO:

    O texto tem por finalidade discutir a noção de realismo presente nas imagens e nas narrativas ficcionais como nas telenovelas brasileiras.

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  2. ANÁLISE TEMÁTICA – COMPREENSÃO
    (focaliza o conteúdo do texto e a mensagem do autor)

    RESUMO INFORMATIVO

    Autores dos romances do sec. XIX tidos como realistas (Balzac, Dickens, Flaubert, Tolstoi): para estes autores a realidade não é feita de “fatos”, mas de linguagem. O que importa é o modo como a cultura interpreta os eventos, explica e valoriza as coisas e não os eventos e acidentes em si mesmos.

    Palavras e pensamentos X imagens: na época destes romances, as palavras e pensamentos tinham maior influência sobre a vida social. Atualmente, as imagens têm maior influência sobre a organização da sociedade, pois estão mais próximas da realidade, parecem mostrar as coisas como tais como são.

    Telenovela brasileira X folhetins impressos: a telenovela é herdeira dos folhetins impressos do século XIX e juntamente com os romances retratavam a sociedade burguesa emergente. As telenovelas fazem o mesmo, atualmente.

    Realismo na televisão brasileira: as telenovelas reproduzem os costumes, as crenças e moral dominante na sociedade brasileira.

    Realismo como exploração das mazelas sociais: Programas de auditório como Ratinho, Sílvio Santos, Linha Direta fazem cenas abjetas/chocantes parecerem “reais”, se confundem com a realidade, enquanto são exploradas comercialmente, enganando o público.

    Realismo como resignação perante os fatos: mostra uma atitude conformista, de aceitação da “vida como ela é”, em oposição à atitude romântica, idealista.

    Exemplos de realismo nas novelas brasileiras: Laços de Família e Mulheres Apaixonadas, de Manoel Carlos. O realismo é expresso no modo como os personagens conversam (mas não dialogam!) sobre o que lhes acontece, na burrice cultivada, fina, razoavelmente educada... As palavras apenas enfatizam o que se apresenta através de imagens. Estas novelas promovem, do lado do público, identificações com as massas e, do lado da emissora, um recorde em merchandisings.

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  3. ANÁLISE INTERPRETATIVA – INTERPRETAÇÃO
    (estabelece diálogo com o autor, fazendo uma apreciação crítica à sua abordagem)

    RESUMO CRÍTICO OU INTERPRETATIVO

    A autora consegue mostrar um dos problemas mais atuais na sociedade brasileira: o poder da mídia televisiva, mídia com ampla presença nos lares brasileiros, demonstrando a força das imagens sobre as palavras e o pensamento.

    Vivemos em um mundo em que as imagens em movimento ganham a cena e nos chegam por meio das mídias eletrônicas (internet).

    Os meios de comunicação exploram as imagens, criando uma espécie de sociedade do espetáculo, fazendo com que o público perca gradativamente sua capacidade de pensar, de raciocinar, de dialogar. Para que tudo isso se basta ver imagens da realidade repetidas à exaustão?

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  4. Tema: discutir a noção de realismo presente nas imagens e nas narrativas ficcionais como nas telenovelas brasileiras.

    Problema: Opoder da Imagem... O uso que a Mídia faz das imagens das telenovelas.

    Argumentos: Exemplificados em Laços de família e Mulheres apaixonadas... Estas novelas promovem, do lado do público, identificações com as massas e, do lado da emissora, um recorde em merchandisings(faturar.

    Tese: As imagens estão sobrepondo as palavras ao pensamento...

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    Respostas
    1. Em Anápolis trabalhamos com outro texto, mas gostei da sua proposta.
      Abraços!

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  5. Foi bem interessante aplicar a técnica, faltou mais dinamicidade na apresentação dos trabalhos executados, muita fala repetida. Sua esquematização exemplificou bem o que tinha me ficado obscuro, muito bom.

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  6. Oi Simônica, que bom que gostou... Deixamos o pessoal falar para uma maior interação... E participação... Abraços!

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  7. Atividade 3
    Olá PessoALL!

    ATIVIDADE SOBRE AS DUAS PRIMEIRAS UNIDADES DA DISCIPLINA MLLC

    A primeira unidade da disciplina MLLC nos levou a pensar sobre o “paradoxo radical na tríade comunicação, linguagem e educação e a segunda tratou da “dinâmica da produção e circulação das mídias”.

    No texto Ensaio sobre a educação a distância no Brasil, Maria Luiza Belloni defende a tese de que pedagogia e tecnologia sempre andaram de mãos dadas. A autora, no entanto, fala a respeito do discurso tecnocrático que prioriza a técnica (sistema ensinante) em detrimento da realidade dos sistemas de ensino e das precárias condições de trabalho dos professores (sistema aprendente). Chama a atenção para as injunções políticas que determinam as práticas experimentadas nas diversas políticas públicas para a educação com o uso de tecnologia e para as questões econômicas que se revelam no aparato tecnológico utilizado e nas formas como estas tecnologias se articulam com as condições reais de implementação.

    Em parte, o texto de Belloni ao se referir ao uso das TIC na educação, em geral, e mais especificamente à Educação a Distância, reflete a lógica exposta no texto de Delfim Soares (Revolução cibernética e ilusão democrática). Soares trata do sistema cibernético (internet e redes similares) e suas relações de poder sobre a sociedade. Para este autor, se há uma revolução na comunicação ela se restringe ao aparato tecnológico (meios) não chegando a transformar a sociedade (fim), mas contribuindo para torná-la cada vez mais alienada, embora com a sensação aparente de mais democracia, mais liberdade e mais igualdade. O autor não vê outra perspectiva senão a da comunicação a serviço das classes dominantes. No máximo, admite relativa democracia informativa...

    Continua...

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  8. Continuando...

    Ao contrário, sem perder o senso crítico, Belloni vê os meios de comunicação como meios de emancipação e não apenas de dominação e exclusão. Reconhece as dificuldades a que os sistemas de ensino (professores, gestores e alunos) se encontram com relação ao acesso às TIC, mas acredita que uma proposta emancipatória faz parte da ação pedagógica.

    Diz a autora:

    Neste quadro de dificuldades para os países periféricos como o Brasil, as possibilidades de mudança, no sentido da democratização do acesso aos meios técnicos disponíveis na sociedade e da diminuição das desigualdades sociais, situam-se no nível das escolhas políticas da sociedade, ou seja, da capacidade de a escola e os cidadãos acreditarem – e agirem conseqüentemente – em uma concepção dos processos de educação e comunicação como meios de emancipação e não apenas de dominação e exclusão (Belloni, 1995b e 2001a). Acreditar que o usuário tem grande margem de escolha e de autonomia ante as tecnologias de informação e comunicação, como faz o discurso tecnocrático neoliberal do pós-fordismo, faz mais sentido como uma proposta de ação pedagógica do que como uma análise da realidade.

    Resta-nos perguntar: diante do cenário apresentado pelos autores, o que fazer? Cruzar os braços? Adotar a atitude do avestruz, ignorando as mudanças? Ou se preparar para compreender e enfrentar os desafios que a sociedade contemporânea, altamente tecnologizada, nos apresenta? Como educadores, qual é o nosso papel? Certamente não será a indiferença, pois nada acrescenta aos processos sociais que nos cercam. Também, não poderá ser uma atitude “apocalíptica” que demoniza a tecnologia e a rejeita. Muito menos podemos aderir acriticamente à toda inovação tecnológica, acreditando na sua neutralidade. Antes, precisamos reconhecer que a tecnologia está presente em todas as atividades humanas e, também, estará presente nas escolas, na educação e nos processos de socialização das futuras gerações.

    Precisamos, sim, estar atentos aos limites e possibilidades dadas pelo aparato tecnológico disponível na sociedade em que vivemos buscando uma integração estratégica entre educação e tecnologia, desde que – como lembra Belloni, “se considere estas técnicas como meios e não como finalidades educacionais, e que elas sejam utilizadas em suas duas dimensões indissociáveis: ao mesmo tempo como ferramentas pedagógicas extremamente ricas e proveitosas para a melhoria e a expansão do ensino e como objeto de estudo complexo e multifacetado, exigindo abordagens criativas, críticas e interdisciplinares, podendo ser um “tema transversal” de grande potencial aglutinador e mobilizador”.

    Bons estudos! Gilda Aquino

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