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sábado, 21 de abril de 2012

Mídias, Linguagens e Leitura Crítica

Assista aos vídeos:

O Assunto É "Leitura" - Formação de Leitores
Outros: Matéria Hábitos de Leitura no Brasil: http://www.youtube.com/tvpuccampinas#p/u/1/ShsTqA3tC6c
Matéria Avenida Literária: http://www.youtube.com/tvpuccampinas#p/u/3/1eCpvmaSJ8s
Matéria Literatura em Quadrinhos: http://www.youtube.com/tvpuccampinas#p/u/4/uzGWfqgk0J0
Anne-Marie Chartier fala sobre a leitura de textos informativos
Boas reflexões!

7 comentários:

  1. ATIVIDADE:
    Implicando-se de alguma forma com o material proposto acima, produza um comentário (sugestão: dois ou três parágrafos) sobre:
    a) o que lhe chamou a atenção nessas leituras?
    b) Que relações você pôde fazer com a ementa e os objetivos desta disciplina? Envie seu comentário em arquivo de editor de texto!
    * Valor da atividade : 1,0
    * Entregar a atividade até o dia 29/04/2012.

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  2. Vídeo: O ASSUNTO É LEITURA – A FORMAÇÃO DE LEITORES

    Apresenta uma pesquisa e duas experiências relacionadas com a prática da leitura:
    a) A assistente social Antônia Cândido – TONA – a partir de sua experiência pessoal, incentiva o gosto pela leitura, levando as crianças para a biblioteca. Sua estratégia é a de contar história para atiçar a curiosidade.
    b) Os professores de Português do Colégio Pio XII, de Campinas, criaram a biblioteca circulante, um carrinho de livros que é levado para a sala de aula. Os alunos lêem no horário da aula, mas a leitura não é obrigatória, no sentido de que não faz parte dos processos de avaliação dos alunos. Em depoimentos os alunos afirmam os benefícios desta experiência.
    c) Pesquisa IBOPE – Retratos da Leitura no Brasil – mostra números assustadores sobre a falta de hábito de leitura na população brasileira.

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  3. Vídeo: Entrevista NOVA ESCOLA com Anne-Marie Chartier: Leitura de Textos Informativos na Educação Infantil

    A educadora observa que na escola predominam: a cultura feminina e maternal e o gosto por histórias fantásticas. Ela entende que é preciso superar esta desigualdade e que a leitura nas escolas deveria incluir textos informativos (documentários...) que tratem de coisas reais como ensinar como funciona um trator ou um vulcão.

    Fala, ainda, da construção do desejo de ler nas crianças, mas que não pode “dar” este desejo como se dá os móveis escolares. Felizmente, diz ela, este desejo pode nascer nas crianças. O que se pode dar é o exemplo do prazer de ler ou do interesse pela leitura. Em famílias cujos pais lêem e compartilham experiências de leitura as crianças se interessam pela leitura.

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  4. RELAÇÃO DOS TEXTOS COM A EMENTA E OS OBJETIVOS DA DISCIPLINA

    A ementa (conteúdos) e os objetivos (resultados a que quer chegar) guardam estreita relação com o material de estudo. As mídias, a família, a escola formam contextos de socialização das novas gerações. Nestes contextos, as mídias presentes, influenciam a preparação dos jovens. Há, porém, a necessidade dos adultos (pais, professores) terem uma visão crítica das mídias, principalmente no momento atual em que mídias como a televisão e a internet penetram em todos os âmbitos sociais. Ler criticamente e saber discutir a linguagem das mídias é importante para todos, principalmente, para o educador. E este é o objetivo maior desta disciplina.

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  5. SOCIALIZAÇÃO, EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS – Belloni

    Para Belloni, pedagogia e tecnologia (entendidas como processos sociais) sempre andaram de mãos dadas, pois o processo de socialização dos jovens indivíduos inclui necessariamente o uso dos meios técnicos disponíveis na sociedade. Este processo de socialização das novas gerações é realizado de acordo com as finalidades, as formas e as instituições envolvidas (família, escola, mídia) em cada sociedade ou em cada momento histórico.

    Mas como é que isto está acontecendo nos dias atuais? De acordo com a autora, este processo de socialização “tecnológica” não pode ser compreendido sem se considerar as injunções políticas – que determinam as práticas experimentadas – e as questões econômicas que se revelam nas tecnologias utilizadas e nas formas como estas se articulam com as condições reais de implementação.

    Assim, as inovações educacionais decorrentes da utilização dos recursos técnicos constituem um fenômeno social que transcende o campo da educação propriamente dito.

    Colocada assim a questão da educação e das novas tecnologias, a autora faz algumas considerações importantes, tais como:

    a. No setor privado, as escolas respondem “naturalmente” aos apelos do mercado, formando não o usuário competente e criativo, mas o consumidor deslumbrado.

    b. Nos países subdesenvolvidos mas com “bolsões tecnificados” e globalizados, as contradições e as desigualdades sociais tendem a ser agravadas pelo avanço tecnológico.

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  6. Continuando...
    A autora admite que as transformações técnicas, econômicas e culturais geram necessariamente novos modos de perceber e de compreender o mundo, alterando as relações das novas gerações com a instituição escolar, correndo a escola o risco de perder terreno para os sistemas de mídias eletrônicas, como agência de socialização e a capacidade de se comunicar com estas novas gerações.

    No contexto atual do capitalismo, o sucesso de sistemas midiáticos, como a internet e a televisão, o campo educacional aparece como uma nova fatia de mercado extremamente promissor, abrindo o mercado da educação a distância e gerando formas inéditas de ensino com uso intensivo das TICs.

    Nos países periféricos, como o Brasil, as possibilidades de mudança – educação e comunicação como meios de emancipação e não apenas de dominação e exclusão – fazem mais sentido como uma proposta de ação pedagógica do que como uma análise da realidade.

    Nós educadores queremos acreditar na democratização do acesso aos meios técnicos disponíveis na sociedade e na diminuição das desigualdades sociais, mas nos defrontamos com as questões políticas (discurso tecnocrático neoliberal do pós-fordismo) e econômicas (precarização das condições de trabalho do professor).

    Para a autora, é urgente integrar as TIC nos processos educacionais porque elas já estão presentes e influentes em todas as esferas da vida social, cabendo à escola (pública) atuar no sentido de compensar as desigualdades sociais e regionais que o acesso desigual à tecnologia está gerando.

    A educação à distância faz parte do processo de inovação educacional mais amplo que é a integração das TIC nos processos educacionais. Essa integração pode ser uma estratégia de grande valia, desde que se considere estas técnicas como meios e não como finalidades educacionais e desde que sejam utilizadas ao mesmo tempo como ferramentas pedagógicas (extremamente ricas e proveitosas para a melhoria e a expansão do ensino) e como objeto de estudo complexo e multifacetado (exigindo abordagens criativas, críticas e interdisciplinares).

    A mediatização técnica dos processos educacionais (concepção, fabricação e uso pedagógico de materiais multimídia) tende a unificar o ensino presencial e a distância em formas novas e diversificadas que incluirão um uso muito mais intensificado das TIC.

    A autora faz uma classificação provisória das experiências de EAD, realizada, na segunda metade do século XX, no Brasil, em quatro grandes tipos, considerando seus objetivos pedagógicos e públicos prioritários:

    a. Formação de professores (Um salto para o futuro (1991); TV Escola (1996);Licenciatura em Pedagogia – UFMT);

    b. Educação popular (Mobral; Telecursos);

    c. Televisão escolar substitutiva (Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão) – Projeto Saci;

    d. Formação continuada ou educação ao longo da vida (life long education) – Pós Graduação.

    A autora conclui que há uma contradição entre a teoria das propostas tecnocráticas e a prática da falta de condições reais de sua efetivação e entre um aparente conflito entre o setor público e o setor privado.

    Do ponto de vista técnico, a autora destaca que os problemas destas experiências de EAD não se situam tanto do lado da oferta, ou seja, do ensino, mas do lado da demanda, ou seja, da aprendizagem (falta de tradição e de condições de auto-estudo, recepção ruim, falta de motivação, más condições de trabalho).

    Outra conclusão da autora é que políticas públicas tecnocráticas geram propostas educacionais centradas nos processos de ensino – “sistemas ensinantes” (estrutura organizacional, planejamento, concepção, produção e distribuição de materiais, etc.) e não nos processos de aprendizagem – “sistemas aprendentes” (características e necessidades dos estudantes, modos e condições de estudo, níveis de motivação).

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  7. Muito abrangente a sua análise! Detalhou passo a passo...

    O meu comentário foi mais um diálogo das minhas inquietações docentes com a análise dos textos e dos vídeos...

    Parabéns pela clareza das ideias...

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