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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Cultura Digital

Nesta quarta semana temos a entrevista do filósofo Laymert Garcia dos Santos como base de discussão.
SANTOS, Laymert Garcia dos. Entrevista. In: SAVAZONI, Rodrigo; COHN, Sergio (orgs). Cultura Digital.br. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2009. Pp. 285-293.
A atividade consiste na elaboração de duas ou três questões, que deverão ser respondidas pelos seus orientadores. Depois vocês deverão avaliar e comentar as respostas.
Então, a tarefa consiste, primeiramente, na elaboração de duas ou três questões e depois na correção com comentários.
Vamos privilegiar, nesta semana, o uso de blog e podcast  (áudio), para os seus comentários finais.
O prazo para as perguntas será até sexta-feira, para que os orientadores possam responder e vocês possam comentar e avaliar as respostas.
Boa atividade! Gilda Aquino

14 comentários:

  1. Seguem as questões referente a atividade 4:

    1- Para Laymert "o impacto do digital na cultura é imenso e não se trata só de uma digitalização da cultura, mas a criação de uma outra cultura"(p.285). Qual sua opinião à respeito dessa afirmação?

    2- Observando o progresso tecnológico, você considera que somos neoprimitivos com relação à sociedade em que estamos vivendo atualmente?

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    1. 1-Quando Laymert se refere ao " impacto do digital na cultura" tem-se a impressão de que o digital é algo estranho à cultura, algo capaz de vir ao seu encontro, causando um "impacto". Algo como um meteoro que caísse do espaço sobre a terra, entrando em rota de colisão, causando um impacto. Pierre Lévy argumenta que não se deveria falar de "impacto da tecnologia" (seja ela qual for), a tecnologia digital não vem de fora, é gestada no seio da própria cultura, portanto, faz parte dela, é uma forma da sociedade se expressar, se manifestar, se organizar. Com certeza uma forma nova, diferente das preexistentes, mas é a sociedade que molda o digital (o cibernético) e é igualmente moldado por ele.

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    2. 2, Do ponto de vista da acentuada aceleração do tempo, sim, temos que concordar com a metáfora do autor, pois estamos em desvantagem, ou melhor, há uma defasagem entre os processos cibernéticos em curso e o curso da normalidade ou da morosidade em que vivíamos anteriormente. "O tempo passou na janela e só Carlina não viu"... Em função dessa compressão do tempo, o modo de operar neste novo contexto difere dos critérios que antes considerávamos como válidos. De repente, o valor e o respeito que atribuíamos socialmente, por exemplo, à experiência adquirida ao loooooongo da vida (pois uma existência não comprimida no tempo parece loooonga...) já não faz muito sentido. Por consequência os adultos (os mais velhos, os sábios anciãos) caem do seu pedestal, perdem a centralidade de que gozavam anteriormente. Não será por isso que jovens executivos estão subvertendo o mundo corporativo, jovens cientistas revolucionando a ciência e assim por diante? Nesse sentido, somos todos neoprimitivos e os não nativos digitais mais primitivos ainda...

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    3. Concordo contigo quando diz que é a sociedade que molda o digital (o cibernético) e é igualmente moldado por ele.Layemert diz que está se criando uma outra cultura, com outros referenciais, com uma outra cientificidade operatória ou seja, uma outra maneira, um outro conceito de cultura, que ele prefere chamar de cultura cibernética em vez de cultura digital.

      Na questão 2 Laymert diz que somos neoprimitivos em relação à quantidade de novas tecnologias e como usá-las, e a maioria das pessoas ainda tem resistência ao novo e por consequência não sabem como usá-las a seu favor.

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    4. Oi Viviane, Para Laymert, Foucault foi quem melhor percebeu que as transformações que estão ocorrendo atualmente configuram uma outra formação histórica. E quem melhor tem escrito sobre a "virada cibernética" é o sociólogo português Hemínio Martines. Resumindo, vida, trabalho e linguagem - da física à teologia - tudo se cibernetizou... É isso? Abraços!

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  2. Olá professora Gilda . Estou enviando a quetão 4 .
    1.Laymert Garcia dos Santos , Marcelo tas e Lucia Santaella possuem a mesma linha de pensamento referentes à mídias.Construa um paralelo , evidenciando as diferenças e semelhanças entre eles nos textos abordados.
    2.Defina cultura digital e cibernética do ponto de vista de Laymert Garcia dos Santos .
    Andréa Macêdo .

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    1. 1- Não sei se os autores concordariam de pronto, com sua afirmação... O pensamento deles - pelo pouco que conhecemos dele (apenas os textos lidos) é, digamos, convergente. Santaella está preocupada em fazer uma diferenciação entre as formações culturais pela mídia que melhor as caracteriza. Tass entende que não se deve apoiar neste critério, tomando a parte pelo todo. Laymert está pensando a cultura em âmbito macro, mais amplo, analisando não apenas os processos todos (como por exemplo, a digitalização), mas também, a "transformação da forma como lidados com eles". Não se trata apensa de examinar o processo de digitalização presente na cultura contemporânea, mas de partir do pressuposto de que " o referencial é outro, o pensamento é outro e o modo de pensar a cultura é outro".
      2-Para Laymert cultura digital se refere apenas aos "processos de digitalização da cultura". Já a cultura cibernética inclui estes processos e vai além, abrangendo a transformação das formas com que lidamos com eles.
      Espero suas considerações...

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    2. É , na verdade eles comentam sobre o mesmo assunto , cada um com suas considerações , porém , todos nos dão a oportunidade de perceber de maneira diferente o mundo digital que nos envolve cada vez mais no nosso dia-a-dia .
      Como o próprio autor cita o termo cultura digital já pegou , é importante, já o conceito cibernética é bem mais abrangente , como a senhora mesma citou .
      Abraços , até a próxima . Andréa ....

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    3. Oi Andrea, para o autor, a cultura moderna é também tradicional, ambas são de um outro tempo e fazer contraponto à cibercultura, ou seja "cultura cibernética". Abraços

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  3. Questões da atividade 4.
    1. Com relação ao impacto do digital na cultura Santos (2009) considera que "não se trata só de uma digitalização da cultura, mas da criação de uma outra cultura, com outros referenciais..." Comente esta afirmação considerando a preferência do autor pela expressão cultura cibernética ao invés de cultura digital.

    2. "A experiência não conta mais, o sujeito mais velho não tem nada para ensinar para o mais jovem porque a experiência acumulada não conta mais. Porque se você não estiver fazendo um upgrade permanente do seu conhecimento, e das suas ferramentas, você perde o pé desse processo." Relacione a afirmação ao contexto atual em estamos vivendo no âmbito educacional.

    Francisneila Miranda

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    1. 1,Para Laymert Santos a expressão cultura digital é um conceito reducionista, pois abarca apenas o aspecto dos processos tecnológicos da cultura. Já a expressão cultura cibernética é um conceito mais amplo, abrangendo estes processos e as transformações na forma com que lidamos com eles.
      2.Uma relação possível desta citação com o contexto educacional poderia ser estabelecida no sentido da organização do ensino em nossa sociedade, assentada nas noções de transmissão (dos mais velhos) - assimilação (dos mais jovens), nas noções de ritmo, seriação, pré-requisito, lentidão, morosidade, ordenação, espaço (contiguidade), tempo (simultaneidade), resultados...etc... Tudo isso confrontado com a compressão do tempo, com o caráter processual, não linear, hipertextual da cientificidade operatória dos tempos atuais... A velocidade com que estas mudanças estão ocorrendo nos dá a sensação de sermos "neoprimitivos" com relação à própria cultura em que vivemos...
      Agora aguardo suas considerações, OK?

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    2. Concordo com suas definições na questão 1, ao preferir o termo cibernética, o autor abre espaço para um novo conceito de digital não apenas como uma transposição do que é cultura para o mundo digital, mas como ele próprio diz: "É muito mais do que isso. É uma reconfiguração da própria noção de cultura e da noção de conhecimento..."

      Na questão 2 Laymert Santos fala exatamente da velocidade com que as coisas estão mudando, e coloca a todos como estando envolvidos no processo em relação a tecnologia de tal modo que não haverá mais espectador.Ou seja, se não estivermos em constante renovação e atualização do conhecimento, daqui há alguns anos, nós como professores não teremos mais nada para passar aos nossos alunos.

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    3. Oi Francisneila, na cultura cibernética tudo vira um redemoinho de informações, tudo que é sólido se desmancha no ar, o texto vira hipertexto, começo e fim se confundem, o ponto de chegada é também ponto de partida, o tempo é comprimido e não há prazo para "decantar" experiências. Tudo tem um caráter muito provisório, passageiro e circunstancial. Não acha? Abraços!

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  4. Com certeza professora, atualmente as certezas viram incertezas muito rápido, nada é definitivo.

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